Imagina uma sala cheia de estantes com livros e mapas pendurados nas paredes. Nos armários envidraçados observam-se diferentes coleções de fósseis e rochas. A mesa e a secretária estão repletas de mapas e globos, bússolas e barómetros,tudo espalhado numa aparente desordem. Escuta-se uma música calma e trabalha-se no computador. Pela janela mal fechada entra o ar fresco dos ventos de oeste. Talvez vá chover...
sexta-feira, 27 de junho de 2025
N. de Páginas - 150
Sinopse
Vivemos hoje em dia
tempos particulares. A nossa sociedade de
informação ostenta dados, factos, conjecturas, indícios e opiniões, a uma
velocidade superior às capacidades da sua discussão, validação e processamento.
Abre-se assim o campo a todo o tipo de interpretações, manipulações, teorias e
tomadas de posição que condicionam o pensamento social e o discurso político,
ou por este são determinadas.
Culturalmente, nesta
fase, a sociedade pós-industrial
revela-se permeável à certeza probabilística da verdade efémera, ao dogma e ao
sedutor sofisma. O apuramento de dados, de forma mensurável e objectiva, a
comprovação, o contraditório e a simples demonstração analítica, são
substituídos por afirmações taxativas que se mimetizam em conclusões
cienticistas incontestáveis e incomprováveis, anunciadas ao público por uma
espécie de arautos científicos que mais não fazem do que glorificar o pensamento de pares e o carácter transitório de afirmações
absolutas. Assim os intitulados especialistas
legitimam a recusa do debate, da comprovação e do elementar exercício de
análise crítica, ocultando a fragilidade científica das suas teorias,
bloqueando a contra-argumentação das suas teses, assumidas pelo mainstream como verdades oficiais.
A ciência não tem
ideologia, maiorias ou consensos, tão pouco estados de espírito. A ciência
alimenta-se do confronto de ideias entre a tese e a antítese, da seriação e
sistematização analítica entre correlações e relações de causalidade, entre
factos e percepções, e assume-se quando distingue opinião de conclusão,
evidências de provas. Ao contrário do dogma sofismático, a ciência não é paralogística.
Neste ensaio são apresentados os principais temas que dominam o discurso ambiental da actualidade. Munidos de algum humor, dados e fontes credíveis, somos convocados, desde a primeira página, a decompor a acrítica realidade dataísta e cultural que nos submerge, através da visão crítica, irónica e original de quem questiona e convida a pensar diferente.
De Agassiz a Zharkova, dos primórdios da Paleoclimatologia ao Clima Espacial, da Teoria do Caos aos Raios Cósmicos, do Conde Zeppelin aos CFC’s, ou das Baleias ao Petróleo são, entre outros, assuntos aqui abordados com a perspectiva lúcida e singular que só o pensamento independente, livre e autónomo pode ousar. - M.P.
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